sábado, 24 de julho de 2010

Soneto 116

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera
Ou se vacila ao mínimo temor.

Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante
Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfanje não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,

Antes se afirma, para a eternidade.
Se isto é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.


Tradução de Bárbara Heliodora


William Shakespeare


Amo Shakespeare, todas as suas peças são incríveis, ao meu ver ele é um dos escritores mais completos de toda a literatura. Esse soneto é um dos meus preferidos! É maravilhoso!

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